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Sunday, February 12, 2012

Informativo do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB)

Tupy or not tupy, that is the fashion

A jornalista Cristina Franco, há dez anos morando na Bahia, revela-se incansável em sua garimpagem e mapeamento da artesania brasileira, revelando no 19° Senac Rio Fashion Business tesouros em design e criatividade. O fio condutor eleito para essa segunda edição do estande são os 90 anos da Semana de Arte Moderna de 22.

Inicia com a arte marajoara e passa pelo crochê de um “Vestido de Noiva”, remetendo ao carnaval da Viradouro que levará ao Sambódromo o enredo A Vida Como Ela é, Bonita mas
Ordinária… Assim Falou Nelson Rodrigues.

Enfim, a curadora oferece um prato para ser devorado antropofagicamente. Vestida com uma blusa de renda renascença, comprada em Monteiro, no Cariri Paraibano, Cristina Franco recebia visitantes ao Espaço Mãos com a gentileza de uma embaixadora do artesanato brasileiro. E, pacientemente, discorria sobre cada achado, cada artista, fazendo de seu estante uma galeria de arte e não uma feirinha hippie. No Espaço Mãos, afinal, figuraram nomes que enriquecem o artesanato brasileiro: Ngrei-Re, Perpétua Martins, Nádia Taquary, Sávia Dumont, Denis Linhares e os 170 ourives de São José Liberto…

A apresentação começa com Oswald de Andrade – “Tupy or not tupy” – onde se encontram os grafismos dos índios caiapó do Pará e as fotos feitas da aldeia Pukanu estampam ecobags. E termina com a excursão de Mário de Andrade pelo país. “A Semana de Arte Moderna foi um verdadeiro acordar para a brasilidade. Agora, 90 anos depois, a gente está tendo isso de novo, dentro de um
outro contexto. O brasileiro está gostando de ser brasileiro, de conviver com as suas matrizes”.

As peças dialogam com álbum de fotos de Verger, com o último livro de futebol de Jorge Amado (todo bordado e agora impresso), considerações de Oswald e Mário de Andrade e com reproduções de Tarsila do Amaral.

O projeto, que tem apoio institucional do PAB-Programa do Artesanato Brasileiro/Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, na edição passada valeu-se apenas de artesanato que usasse linha. Agora, Cristina Franco abriu o leque. Sementes de cupuaçu, cuia,
madeira, fibras, linhas, contas e prata servem às mãos que tecem, pintam, desenham, criam objetos de decoração da casa e do corpo. Chapéus sofisticados do carioca Denis Linhares tem por base o sisal. De Sávia Dumont, uma das irmãs bordadeiras de Minas Gerais, há roupas para batizado de bainha aberta, e próximo está o álbum de Jorge Amado, bordado por sua família. Jóias de Nádia Taquary, a artista baiana que celebra a cultura iorubá, esparramam-se diante de páginas de Verger onde baianas se fazem da maior elegância com seus vestidos de renda Renascença. Enfim, canabalizando Oswald de Andrade, já não se sabe mais quem é urbano, fronteiriço ou continental. Que bom, né? Mas há que se tomar cuidado, pois em tempo de globalização, a imitação é comum. Assim surge o selo do PAB, identificando a artesania manual. E a Bahia, que preza por suas rendas, é o primeiro Estado a ter seu selo de origem.

http://www.icnews.com.br/2012.01.18/variedades/moda/tupy-or-not-tupy-that-is-the-fashion/